
A iniciativa de divulgar uma carta com este teor neste momento foi criticada até no núcleo mais próximo ao ex-governador, que avalia que ele “errou” e se precipitou na estratégia. Na leitura de tucanos paulistas, Doria até pode conseguir uma liminar contrária a uma eventual decisão pró-Simone Tebet da direção do PSDB, mas ela seria inócua e só causaria desgastes políticos, já que a convenção da legenda será apenas em julho.
O parecer do advogado Arthur Rollo estava sendo guardado para ser usado em um momento estratégico. A leitura de especialistas é a de que Doria tem o estatuto do PSDB a seu favor e um eventual julgamento da Justiça Eleitoral teria resultado favorável a ele.
No domingo (15/05), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apoiou Doria e a mensagem foi comemorada por aliados do ex-governador.
A aliados, o presidente do PSDB Bruno Araújo, disse que a carta de Doria em que ele acusa a sigla de “golpe” e de “tapetão” é um sinal de “quase rompimento” com o PSDB e que, ao fazer isso, o ex-governador “politicamente assume que não tem um partido” e está entrando “em guerra” contra toda a cúpula tucana.
Depois da divulgação da carta, o presidente do PSDB, que está rompido com Doria, decidiu antecipar a reunião da executiva do PSDB para amanhã, o que significa que o encontro vai ocorrer antes da finalização da pesquisa.
Na cúpula tucana, a avaliação é de que uma candidatura presidencial de Doria, por sua rejeição, “mata” o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, e, consequentemente, a chance de o partido permanecer governando o maior Estado do Brasil./AE
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